Sindicato é matéria no Jornal Boqnews deste final de semana! Confira!

Fonte: Jornal Boqnews, por Douglas Luan. (Clique aqui para entrar no site do jornal).


 


Setores do comércio já vivem o clima do natal e mostram otimismo com temporada

Expectativa é de que as vendas possam subir mais de 14%, em relação ao ano passado


Lojas enfeitadas, luzes piscando por todos os lados, pinheiros das mais variadas formas e, lógico, um senhor robusto vestido de vermelho com uma longa barba branca proclamando o seu tradicional "ho, ho, ho". Chegou o Natal. Um tempo para o comércio tão feliz para o setor como para as crianças, que têm a certeza que o Papai Noel a presenteará no dia 25 de dezembro. Tudo isso impulsionado pelo 13º, que injeta milhões de reais na economia local.

Os polos comerciais da região já começam a se movimentar. Os centros de Santos e São Vicente , seguido pela Avenida Thiago Ferreira, em Vicente da Carvalho, estão cada vez mais movimentados. Shoppings já começam a ampliar os seus horários para atender toda a demanda.

Segundo levantamento realizado pelo  Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, realizado com 400 empresários da região, a expectativa é de que as vendas neste período - o melhor, seguido pelo Dia das Mães - cresçam, aproximadamente, 14% em relação ao ano passado. Junto com isso, o índice de contratos temporários deve subir pouco mais de 8% (13 mil vagas). De acordo com a instituição, 67% dos comerciários pretendem contratar até um funcionário e 11% até quatro. Ao todo, 20% destas vagas devem ser preenchidas por pessoas que não possuem experiência na carteira. 

Os dados comprovam que esta temporada tende a ser uma das melhores dos últimos tempos na Baixada Santista. Mesmo levando em consideração o péssimo desempenho econômico do Brasil em 2012.

Omar Abdul Assaf, vice-presidente do sindicato, destaca que entre um terço e um quatro dos contratados especificamente para esta época do ano devem ser efetivados após o fim da temporada. Ele aposta que esse número de crescimento será atingido facilmente. "O dólar voltou a subir e as pessoas estão deixando de ir ao exterior. Mais gente vem para a Baixada e acaba gastando por aqui, fazendo a roda da economia girar positivamente", opina. 

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santos-Centro, Paulo Latrova, também acredita que haverá um aumento, mas vê os dados com mais reserva. "Ainda temos um alto índice de inadimplência, vivemos um momento meio receoso mas, mesmo assim, o desempenho deste final de ano deve ser favorável para os comerciantes", destaca.

Os itens que devem se destacar neste final de ano, ainda segundo o levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista são – na ordem decrescente – roupas, bolsas e acessórios, móveis, calçados e itens de beleza. A forma de pagamento será cartão de crédito, com 67% das respostas, seguido por cartão de débito, dinheiro e carnê, com igualdade de 11% das respostas. O valor médio que o consumidor pretende gastar nesta data é de até R$200. "Há uma tendência de que os presentes sejam mais caros neste Natal na comparação com o anterior", aponta Assaf.   

Os representantes dos comerciários afirmam que a Baixada Santista vive um momento diferenciado em relação ao País. "Estamos em evolução constante. Tirando o período da crise de 2008. A região, puxada por Santos e Praia Grande, cresce acima do Brasil. A movimentação gerada pelo terminal de cruzeiros, pelo pré-sal e as empresas que chegam por conta do Porto de Santos geram mais movimentação no comércio das cidades", detalha o representante do sindicato.  

"Temos visto investimentos frequentes nas lojas instaladas na Cidade, com reformas e ampliações. Grandes redes também estão vindo para cá, investindo forte. Bares, restaurantes estão se modernizando e crescendo cada vez mais. Com mais gente trabalhando, há mais volume nestes estabelecimentos, que crescem e contratam um número maior de pessoas", conta Latrova, otimista com um final de ano positivo para a economia regional.

Expectativa é positiva
Analisando o desempenho da Baixada Santista no cenário econômico é possível perceber que, realmente, os números são favoráveis.De acordo com o jornalista e especialista em finanças, Rodolfo Amaral, de 2003 para cá, houve um crescimento na oferta de crédito, que acaba se refletindo nestes números. "Antes, o brasileiro não tinha a tradição do endividamento, pois vinha de um tempo difícil, com altas taxas de inflação".

O Governo Lula disse "vamos nos endividar" e, a partir daí, houve uma oferta de crédito cada vez maior. Agora é possível comprar um carro em 60 vezes. Mas, na maioria das vezes, quem compra não lembra que tem que pagar o licenciamento, IPVA, gasolina...", observa.

Os números revelados em um estudo realizado por Amaral acabam evidenciando o que, às vezes, fica na teoria. De 2001 a 2011, o santista reservou R$ 7 bilhões aplicados em poupanças ou investimentos em bancos. "A Previdência Social injeta, por mês, mais de R$ 600 milhões na Cidade. A massa salarial do santista, com a junção da folha de pagamento de todos os trabalhadores registrados chega a R$ 333 milhões por mês. Multiplicando isso por 13 - 12 salários mais o 13° - chegamos a R$ 4,3 bilhões, um valor significativo", destaca.

Oportunidades - Os próprios comerciantes e aqueles que conseguiram uma vaga temporária neste final de ano demonstram que, realmente, a temporada tende a ser uma das melhores dos últimos anos.

Cristina Aparecida é gerente de uma loja de artigos natalinos, que funciona em uma galeria entre as ruas General Câmara e João Pessoa. O local foi aberto no último dia 11 de outubro e funcionará até a véspera do Natal. "Contratamos 10 pessoas. O movimento está maravilhoso"

Alice Miyabara é proprietária da Sumirê, loja de cosméticos instalada no Centro de Santos. Ela afirma que de três anos para cá o movimento na época de Natal tem crescido de forma crescente. "O comércio desta região parece que teve uma nova vida neste período. Nosso movimento aumentou 50%".

Já prevendo o crescimento no volume de clientes, ela reforçou a equipe. "Temos mais de 50 funcionários efetivos e, neste final de ano, contratei mais seis", conta a proprietária. Ela afirma que sempre realiza contratações temporárias e que na loja há o hábito de se efetivar os temporários. "Esse ano tivemos até uma certa dificuldade, pois o número de pessoas desempregadas está menor. Falta mão-de-obra para o comércio".

E quem quer agarrar essa oportunidade é Everson Gonçalves das Neves, de 27 anos. Ele trabalha há pouco mais de uma semana como fiscal de loja. Casado e pai de dois filhos, estava desempregado há quatro meses, e a preocupação já começava a perturbá-lo. "Recebi o seguro-desemprego, mas já estava ficando preocupado", disse ele, morador em São Vicente.

A oportunidade de "ser fichado" na loja de cosméticos surgiu como uma luz. "Graças a Deus apareceu essa oportunidade. Estou me esforçando, para, se der tudo certo, ser efetivado", afirma um motivado Everson.    

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